segunda-feira, 12 de setembro de 2011

SONHOS DERRETIDOS


SONHOS DERRETIDOS


...E, os ventos ruidosos
Que sopravam de seus pensamentos
Traziam ferro e fogo derretidos
Em mármore frio
De sepulturas tristes
Que choravam a saudade
Das flores secas e apodrecidas.


...E, as agulhas voadoras
Que sangravam aço enferrujado
Costuravam as nuvens negras
Que se afastavam umas das outras
Sozinhos no céu, pardais mortos
Sujavam de sangue
Seus sonhos traçados em mapas espedaçados.


...E, escondido de nossos olhos
À beira do suicídio eterno
O presente passava ao futuro
A vida esquecida no passado
Suspensos no céu gelado
Os desejos despencavam em direção
À inquietude do sonho infinito.



Nenhum comentário:

Postar um comentário