terça-feira, 15 de novembro de 2011

MIRAGEM DO AMOR


MIRAGEM DO AMOR


Esta miragem crua
Que, imobilizada, tenta brincar
Com a chuva, o fogo e o ar
Entre as flores secas e a árvore nua.


Este vento forte
De certa forma, impetuoso
É insensível e maldoso
Com nossos sonhos entre a vida e a morte.


Nem uma gota d'água deste rio cansado
Encravado no silêncio da floresta
Me explica nem o que resta
Nem o que se passa neste sonho embaçado.


Agora, com meu grito rouco
Digo, incansavelmente, ao mundo
O que sinto de mais profundo
Te amo tanto e ainda é pouco.


Tu, meu sonho encantado
Te quero muito e tanto
Por isso grito e canto
Que você é meu desejo realizado


Hoje, no silêncio desta miragem crua
Entre folhas e flores
Quero provar todos os sabores
Da minha vida que também é sua.